quinta-feira, 20 de setembro de 2012

And then, it hit me

Sempre que estou triste ou frustrada ou até mesmo chateada com alguma coisa, tenho tendência a sabotar as minhas relações mais fortes. Acontece constantemente com o F., com o meu pai e acontecia com a minha irmã quando ela ainda vivia connosco.
Não sei explicar o porquê disto acontecer. Isolo-me num estado que só eu entendo, queixo-me de não ser compreendida, apesar de não querer explicar a ninguém o que sinto. Às vezes nem eu própria sei.
E há momentos em que penso em cortar relações com quem posso, só para evitar estas coisas e depois ponho-me a pensar como seria se eu fosse uma rapariga como às outras que fica contente em ir às discotecas, vestir coisas com purpurinas com os saltos bem altos a magoar os pés a noite inteira. Seria mais simples? Teria com toda a certeza menos tempo para pensar nas coisas. E menos tempo ainda para perder em tentar descobrir o que me entristece.
Estou farta da palavra "aproveita". Eu não sei fazer isso. Não o fiz na faculdade, não o fiz na escola e nunca o faço quando saio com os amigos. Portanto chega. Estou farta da palavra "aproveita", porque quando a oiço rebento com irritação e comichão no corpo inteiro. "Sai de casa" é outra. Ou "vai sair".
Desconfio que não sei ser jovem. E talvez é isso que me faz sentir sempre tão desenquadrada do mundo. 

Um comentário:

  1. Welcome to my brain.
    Também sempre fui assim. Quando passarem mais alguns anos hás-de sentir-te mais adequada. Isso é bom, não gastas as energias todas enquanto és jovem, hás-de ser jovem até morrer e perceber o que aproveitar significa realmente.
    Essa é uma experiência. Vive-a. E só.

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