"If there is someone still thinking, talking or remembering you, you're still alive"
So I may not be sure, because I can't see you. But I know that at least in my heart you're still around, because sometimes I can still think about you, remember your face and imagine what would you say to me now. I hope that I'm making you proud. And I really am glad and honored to have met you. I'm the luckiest person alive, because at some point I got to hear the sound of your voice and to be around you.
Untill the day I die, I'll keep you with me. I promise.
O cantinho
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
sábado, 13 de outubro de 2012
Night out
Não, não me dou muito bem com o conceito de "Let's Party". Sou uma rapariga mais virada para a conversa, serões agradáveis com os amigos à volta de uma mesa a falar sobre tudo e nada. Mas hoje resolvi dar uma oportunidade à coisa e lá fui eu, meia reticente, para o Nusha dançar.
E realmente não me arrependi nada. Dancei até esgotar, bebi uma caipirinha e uma caipiroska e fiquei alegre, cantei bem alto, fiz figuras parvas e dancei mais à séria. Convivi com quem normalmente não me dou, ri-me. Diverti-me.
Cambridge vai deixar saudade. Espero, um dia, poder rever as pessoas e voltar a este momento. Quem sabe um dia... :)
E realmente não me arrependi nada. Dancei até esgotar, bebi uma caipirinha e uma caipiroska e fiquei alegre, cantei bem alto, fiz figuras parvas e dancei mais à séria. Convivi com quem normalmente não me dou, ri-me. Diverti-me.
Cambridge vai deixar saudade. Espero, um dia, poder rever as pessoas e voltar a este momento. Quem sabe um dia... :)
domingo, 23 de setembro de 2012
There we were
Cheguei à estação de King's Cross às dez e pouco da manhã. Saímos todos a tremer de frio sem nos importar, porque Londres estava à nossa espera. A cidade deslumbrante revelou-se para nós num dia de céu limpo, completamente sem chuva! Pensei o dia todo que a minha irmã devia ter estado lá, porque ela ía adorar. E sem saber bem o que fazer contra este pensamento, armei-me em Amelie Poulin e arranjei uma maneira de ela estar presente.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
And then, it hit me
Sempre que estou triste ou frustrada ou até mesmo chateada com alguma coisa, tenho tendência a sabotar as minhas relações mais fortes. Acontece constantemente com o F., com o meu pai e acontecia com a minha irmã quando ela ainda vivia connosco.
Não sei explicar o porquê disto acontecer. Isolo-me num estado que só eu entendo, queixo-me de não ser compreendida, apesar de não querer explicar a ninguém o que sinto. Às vezes nem eu própria sei.
E há momentos em que penso em cortar relações com quem posso, só para evitar estas coisas e depois ponho-me a pensar como seria se eu fosse uma rapariga como às outras que fica contente em ir às discotecas, vestir coisas com purpurinas com os saltos bem altos a magoar os pés a noite inteira. Seria mais simples? Teria com toda a certeza menos tempo para pensar nas coisas. E menos tempo ainda para perder em tentar descobrir o que me entristece.
Estou farta da palavra "aproveita". Eu não sei fazer isso. Não o fiz na faculdade, não o fiz na escola e nunca o faço quando saio com os amigos. Portanto chega. Estou farta da palavra "aproveita", porque quando a oiço rebento com irritação e comichão no corpo inteiro. "Sai de casa" é outra. Ou "vai sair".
Desconfio que não sei ser jovem. E talvez é isso que me faz sentir sempre tão desenquadrada do mundo.
Não sei explicar o porquê disto acontecer. Isolo-me num estado que só eu entendo, queixo-me de não ser compreendida, apesar de não querer explicar a ninguém o que sinto. Às vezes nem eu própria sei.
E há momentos em que penso em cortar relações com quem posso, só para evitar estas coisas e depois ponho-me a pensar como seria se eu fosse uma rapariga como às outras que fica contente em ir às discotecas, vestir coisas com purpurinas com os saltos bem altos a magoar os pés a noite inteira. Seria mais simples? Teria com toda a certeza menos tempo para pensar nas coisas. E menos tempo ainda para perder em tentar descobrir o que me entristece.
Estou farta da palavra "aproveita". Eu não sei fazer isso. Não o fiz na faculdade, não o fiz na escola e nunca o faço quando saio com os amigos. Portanto chega. Estou farta da palavra "aproveita", porque quando a oiço rebento com irritação e comichão no corpo inteiro. "Sai de casa" é outra. Ou "vai sair".
Desconfio que não sei ser jovem. E talvez é isso que me faz sentir sempre tão desenquadrada do mundo.
Afinal...
Afinal não viemos a Cambridge aprender inglês mas antes aprender asneiras em outras línguas. Foi a minha noite de ontem... ensinar à Danika (uma colega sueca) como se dia as piores asneiras em português. Clássico.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Life in Cambridge
O choque do primeiro dia foi tão grande que não consegui aperceber-me do que se estava realmente a passar: vou ficar 8 semanas longe de casa. Pode não parecer muito para a maior parte das pessoas, pode parecer insignificante. Mas para mim é uma eternidade.
Quando cheguei ao aeroporto, percebi logo a diferença. As pessoas, muito caladas e organizadas, não notavam (ou não queriam notar) que eu precisava de ajuda. Mas lá consegui chegar onde era suposto e suportar 2 horas de viagem de carro até à residência.
No primeiro dia vi parte de Inglaterra e vislumbrei um pouco de Cambridge. Deitei-me cansada mas satisfeita para acordar no outro dia e arrastar-me de um lado para o outro na cidade. Encontrámo-nos lá em baixo, à porta, para irmos juntos para a escola às 7:45 da manhã. À tarde, andámos duas horas a pé por Cambridge. No cair da noite fomos ao Lola Lo à festa de boas-vindas.
Quarta-feira chorei. Chorei de saudades e de arrependimento ansiando com todas as minhas forças pelo dia 27 de Outubro. Regressar a casa parece-me uma ideia longínqua.
As pessoas são calorosas e prontas a ajudar. Os ingleses são muito educados. A primeira impressão de Cambridge causou em mim uma sensação de bitter/sweat, pois apesar da falta que sinto de casa, da família, do F., dos meus amigos, não me esqueço esta experiência vai-me ficar para a vida.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Para a minha irmã
Querida mana:
Hoje, tenho a dizer que há muita coisa que gostava de dizer mais vezes, assim como tenho a dizer coisas nunca antes ditas. Hoje fazes trinta anos e eu não podia estar mais alegre por te ver crescer. Tenho de te dizer o que tu sabes desde sempre mas que tenho pena de não o reafirmar mais vezes. Maravilhas-me todos os dias com o que dizes, o que fazes, o que pensas. Tenho um orgulho enorme em ti e sinto que de facto me calhou a sorte grande por te ter sempre comigo.
Queria-te agradecer e dizer que, hoje, percebo a dimensão do que passaste naqueles tempos. Agradeço-te do fundo do coração tudo o que fizeste por mim. Na altura não consegui reparar e, por isso, peço desculpa tendo a noção que a idade demasiado jovem também me limitou. Hoje vejo a grande mulher que foste e no que te tornaste e não podia estar mais feliz e grata por isso. Agradeço-te, Joana, por teres cuidado de mim como uma filha quando sabias que eu precisava de uma mãe. A obrigação não era tua mas fizeste-o porque querias acompanhar-me e cuidar de mim naquele momento. Obrigada por isso, não sei o que seria de mim sem ti naquele momento. E admiro-te, se te assumiste e te confiámos a posição do pilar, quem era o teu? Até hoje não sei como o fizeste. Sei que o P. te deve ter ajudado, mas de qualquer maneira admiro a tua força e gostava de me ter assumido também um pilar, pelo menos para ti.
Obrigada por nestes 21 anos e uns meses me teres desejado, cuidado de mim, teres brincado comigo. Agradeço a paciência e o amor que me ofereceste com tanta honestidade. Agradeço as contagens decrescentes até irmos de férias, os almoços que me fizeste, as histórias que contaste, o vocabulário inglês que me ensinaste durante várias noites antes de dormirmos. Obrigada pelo meu álbum de bebé e por tantas outras milhares de coisas que fizeste por mim.
És uma pessoa fenomenal. Desejo-te todo o bem que reside no mundo.
Muitos Parabéns
Batata
Hoje, tenho a dizer que há muita coisa que gostava de dizer mais vezes, assim como tenho a dizer coisas nunca antes ditas. Hoje fazes trinta anos e eu não podia estar mais alegre por te ver crescer. Tenho de te dizer o que tu sabes desde sempre mas que tenho pena de não o reafirmar mais vezes. Maravilhas-me todos os dias com o que dizes, o que fazes, o que pensas. Tenho um orgulho enorme em ti e sinto que de facto me calhou a sorte grande por te ter sempre comigo.
Queria-te agradecer e dizer que, hoje, percebo a dimensão do que passaste naqueles tempos. Agradeço-te do fundo do coração tudo o que fizeste por mim. Na altura não consegui reparar e, por isso, peço desculpa tendo a noção que a idade demasiado jovem também me limitou. Hoje vejo a grande mulher que foste e no que te tornaste e não podia estar mais feliz e grata por isso. Agradeço-te, Joana, por teres cuidado de mim como uma filha quando sabias que eu precisava de uma mãe. A obrigação não era tua mas fizeste-o porque querias acompanhar-me e cuidar de mim naquele momento. Obrigada por isso, não sei o que seria de mim sem ti naquele momento. E admiro-te, se te assumiste e te confiámos a posição do pilar, quem era o teu? Até hoje não sei como o fizeste. Sei que o P. te deve ter ajudado, mas de qualquer maneira admiro a tua força e gostava de me ter assumido também um pilar, pelo menos para ti.
Obrigada por nestes 21 anos e uns meses me teres desejado, cuidado de mim, teres brincado comigo. Agradeço a paciência e o amor que me ofereceste com tanta honestidade. Agradeço as contagens decrescentes até irmos de férias, os almoços que me fizeste, as histórias que contaste, o vocabulário inglês que me ensinaste durante várias noites antes de dormirmos. Obrigada pelo meu álbum de bebé e por tantas outras milhares de coisas que fizeste por mim.
És uma pessoa fenomenal. Desejo-te todo o bem que reside no mundo.
Muitos Parabéns
Batata
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